CONTAR MEU DOM!

Dom que a vida me deu
Poder em palavras expressar
As angústias que vão surgindo
As alegrias que puder conquistar!

A vida sempre me entrega
O necessário de cada instante
As angústias, tristezas e alegrias
Em poesias que surgem de repente!


Quando sentimento acontece
Não pede licença para se instalar
Só escolho como com ele conviver
O resto vira tema de mais um poetar!

Escrevo, descrevo cada acontecer
Sem poder determinar o seu término
Meu dom, a expressão de um viver que
Faz experiências poetarem o que imagino!

Suengali
(30/09/2013)

DEVOLUÇÃO!

Dor profunda lacera meu peito
Tão intensa que estou querendo
Dela me esconder fazer de conta
Que nada disto, está acontecendo!

Muita maldade há ao meu redor
Corações que pararam de pensar
Sem amor, seu egoísmo a lhes dizer
Que precisam sempre vantagem tirar!


Sinto muito medo desta situação
Não sei como lidar com o desamor
Na solidão me escondo, fujo do conflito
De um convívio que só me trará mais dor!

Sinto-me em um nada sem solução
Ao me fechar para o mundo com medo
Ele tudo me devolve na dor que acontece
Urge que aprenda a lidar com este enredo!

Suengali
(29/09/2013)

DESESPERANÇA!

De repente, vontade de chorar
Saudade de alguém que não sei
Se já existiu, se ainda poderei ser
Do tempo perdido que não viverei!

Mente que viaja em tantos lugares
A buscar o que não consegue achar
Inconstante diante dos seus desejos
Perdeu-se conjeturando o seu sonhar!

Momento de melancolia, de saudade
De um alguém, um convite para dançar
De sentir na pele desejos de quero mais
De momentos que ficaram para recordar!

Na falta de um rosto para sonhar
Numa solidão que incita lembranças
Há uma existência para viver, mesmo
Esquecida de como era ter esperanças!

Suengali
(28/09/2013)

EX-AMIGO!

Conflito numa decisão
Momento de me escolher
Deixar no passado um afeto
Que perdeu sua razão de ser!

Questiono este afeto
Que sentia como amizade
O que em nós a vida alterou
Por que perdeu a sua validade!



Fazer de conta não ajudou
Situações estavam a mostrar
Que ali havia um caráter ausente
Faltava esta sua real face, eu olhar!

Aceitar as pessoas não justifica
Conivência com desvios de caráter
Respeitar-me implica em afastamento
Deixar o afeto encontrar sua razão de ser!

Suengali
(27/09/2013)

TOCAR A VIDA! 

De repente, o cansaço

Este caminhar sozinho 

Nada que me dê certeza

De que bom é o caminho!

De repente, o desamor 

Tudo parece ficar difícil 

Uma aridez a me corroer

Sensação do impossível! 

De repente, a esperança

Para minha batalha lutar

Vida com as suas razões 

Entendimento vai me dar! 

De repente, tocar a vida 

Mesmo com seu desamor

Talvez a esperança surja

Quando findar meu clamor! 

Suengali

(26/09/2013)

SENSAÇÃO IMPALPÁVEL!

Muita chuva lá fora

Mesmo assim, belo dia

Flores em seu acontecer

A primavera se prenuncia! 

Muita angústia aqui dentro

Toca-me sensação impalpável 

Profunda, como uma mensagem 

Trazendo consigo o que é indizível! 

Uma presença indesejada 

Teor ambíguo que não permite

Proximidade com a sua essência

Desígnio oculto que impõe um limite! 

Natureza com chuva e angústia

Um olhar que busca o que está além 

Lugar de estar, a beleza de um encontro

De tocar o mistério que o impalpável retém!

Suengali

(24/09/2013)

QUERIA!

Queria estar num lugar

Onde ainda não pude estar

Quem sabe dentro do sonho 

Aquele que eu parei de sonhar! 

Queria neste lugar irreal

Com sua magia me envolver

Crer que todos os impossíveis

São possíveis para feliz eu ser!

Queria de volta os sonhos

E desta vez, uma certeza ter

Que para torná-los realidade 

Suficiente é crer no meu querer! 

Queria entregar sonhos à vida

No presente que está acontecendo

Que meu desejo encontrasse um rumo

No agora, minha realidade se tornando! 

Suengali

(23/09/2013)

MINHA VALIDADE! 

Sempre a me questionar

Onde está a minha validade

Qual será o destino a cumprir

Como saber se nele há verdade? 

Podia simplesmente viver

Sem uma lógica aparente ter 

Mas por que saber se é válida 

A minha vida em seu acontecer? 

Por que buscar validade

Viver o eu não é suficiente

Para trazer à vida algo novo

Ser alguém entre tanta gente? 

Um eu acontecendo sem perceber

Que a validade está na oportunidade

De sempre trazer à vida o melhor de si

Que está contido em sua individualidade!

Suengali

(23/09/2013)

TANTO SERÁ!

Será que faço o suficiente

Para cumprir com meu destino 

Será que mais não poderia fazer

Melhorando vidas, o seu cotidiano?

Até onde devo ir para saber

Se há limites para o bem realizar

O meu suficiente, será o suficiente 

Para que possa algum amor ofertar?

Como saber se tudo o que sou 

Não pode ser melhor aproveitado

Será que aquilo que podia ser feito

Seria entendido, a quem fosse dado?  

Tanto será vai acontecendo e eu

Inerte a teorizar mundos perfeitos 

A cogitar se suficiente não será dar

Amor imperfeito em vez de conceitos?

Suengali

(21/09/2013)

REFÚGIO! 

Refúgio, onde há aconchego 

Para minha dor poder acalentar 

Permite quieta ficar, até que tudo

Acomode-se. E depois à vida voltar! 

Tempo importante, seu acontecer

Dolorido, mas válido como processo 

Aprender com a dor, a lição escolhida 

Difícil decisão, sem garantia de sucesso! 

Tempo diferente, a ser vivido 

Sentindo a dor em seu acontecer

Para seu aparecer buscar significado

Este momento como normal tentar viver! 

Refúgio, lugar de com minha dor estar

Encontro comigo, embate difícil de resolver

Caminhos estranhos podem acontecer e mostrar

Que viver tem um significado maior para se entender! 

Suengali

(19/09/2013)

CONSTRUÇÃO!

Mente a viajar por lugares possíveis

Lá está o que não tenho, a esperança

O que falta para completar os sonhos

Escolhas que a realidade não alcança! 

Um mundo disponível, sempre possível

Outro tão duro, a realidade a dizer não 

Conflito onde é preciso ter a coerência 

De agir com equilíbrio em cada ocasião! 

Para estar em meu mundo dos sonhos 

Uma lógica do possível deixa de existir 

Ando sem amarras pelos desejos em si 

As possibilidades experimento usufruir! 

No contraste dos dois mundos acontece 

Um choque de realidade, uma construção

Sair do cotidiano, para buscar os sonhos 

Cria a vida tão ansiada pelo meu coração! 

Suengali

(18/09/2013)

PARA ALGUÉM! 

Promessas da adolescência

Onde a vida faltava acontecer

Urgência em sentir o que o amor

Em sua intensidade podia oferecer! 

Foste presente nesta época

Ficou a lembrança do teu querer

Pela vida a fora procurei alguém que 

Este sentimento pudesse me devolver! 

Nos perdemos a buscar amores

Neste tempo, o encanto se quebrou

Da adolescência, ficou esta ausência

Só lembranças foi o que de ti me restou! 

Hoje, mesmo depois de tanto tempo

Na vida um do outro somos presentes 

Mesmo à distância, algo ainda nos une

Um amor não vivido em tempos distantes! 

Suengali

(18/09/2013)

FALAR DA DOR!

A dor como efeito 

Trás tanto sofrimento

Porque não pensá-la como

A contingência do momento! 

Se sofre quando 

Não se está sofrendo

Até culpa nós sentimos

Se feliz estamos vivendo! 

Em nossa existência

A dor é parte integrante

Sem ela como se buscaria 

Um cotidiano mais contente!

Seu acontecer não é drama

Só indica tempo de repensar

Olhar a vida de forma diferente

Buscar jeito melhor de nela estar!

Suengali

(17/09/2013)

CAMINHAR!

Sair andando por aí

À natureza me entregar

Deixar com ela a angústia 

Que teima em me acompanhar! 

No vento buscar companhia

Para esta solidão corriqueira

Fazer de conta que tudo mudou

E que a vida será minha parceira! 

Deixar na terra os lamentos

Para que se enterrem sozinhos

Não mais lembrar os desamores
Poder encontrar novos caminhos! 

Difícil momento, imensa dor

Companheira do meu caminhar 

Busco alívio nesta entrega à vida 

A natureza saberá como me ajudar! 

Suengali

(15/09/2013)

LEMBRANÇA!

Num instante especial 

A lembrança apareceu 

Numa gentil delicadeza

Singelamente se ofereceu!

Ficou no ar o perfume

Das antigas lembranças

Suave desvelar de amores

De um tempo de esperanças! 

Uma alegria diferente

Neste instante decorrido

Lembrança fez acontecer

Um sorriso menos dolorido!

Suengali

(15/09/2013)