DEFINIÇÃO! (XXI)

Quero me aproximar da dor

Entender sua causa/seu sortilégio

Brincar o seu jogo de esconde-esconde

Definir a presença sentida como sacrilégio!

Sufocar meus gemidos sofridos

Partir em busca de ser imponderável 

Estar perdida entre o sofrer/busca contida

Querendo ser para si um pouco mais agradável!

Cansada por não dizer ao mundo 

O quanto de dores/de solidão contenho

Do sofrer disfarçado na máscara dum sorriso

De fingir para mim alegria/que eu sei que não tenho!

Necessito deixar de ser minhas dores

Tão próximas/tão longe de saber sua razão

Sair da agonia/então entender seu real significado

Questionar se esta dor como aprendizado será evolução!

Suengali

(27/08/2024)

 

DEFINIÇÃO! (XX)

Uma história sem fim

Seu final sempre protelado

Sofrimentos que em seu suceder

Deixam marcas/dor do aprendizado!

A minha finitude solicita 

Deixar meu cansaço se esvair 

Neste tempo final/sem confrontação

Desfrutar dum final feliz/só para concluir!

No horizonte intransponível

Farpas provém de tantos lugares

Em embates constantes comigo mesma 

Parece não ter fim meu manancial de pesares!

Nestas tantas histórias sem fim 

Nas dores/restam alguma esperança

Perdida nos conceitos/busco uma definição

Para o final condizente/depois de tanta mudança!

Suengali

(26/08/2024)

 

DEFINIÇÃO! (XIX)

Por que finais felizes

Comigo não acontecem 

Por que as minhas histórias 

Um tal desfecho não merecem!

Por que tristes teores

Sempre estão presentes

Por que o melhor é ausência 

Finais vazios são tão constantes!

Por que a vida é assim

Desamor/medida de valor

Por que escolher feito vaticínio

Tira do desfecho seu sentido maior!

Por que precisa esta dor

Este ser/sem poder entender

Por que descaso com os finais que 

“Felizes para sempre” deveriam conter!

Suengali

(24/08/2024)

 

DEFINIÇÃO! (XVIII)

Sentimentos espalhados

Pedaços do todo inconsciente

Luzindo ao redor rotas indicativas 

Sensação inócua/algo está contingente!

Amor busca o seu acontecer 

Neste tanto/este sofrer reprimido

Estas lágrimas sufocadas/sua alegoria

Faz-de-conta de um eu/de si mesmo perdido!

Desamor que tanto impossibilita

Retira de cotidianos as oportunidades

Normaliza um viver sem carinho/sem afeto 

Impele aceitar uma vida feita de meias verdades!

O que foi plantado define a colheita 

Antes/agora/depois buscando harmonia 

No fruto das escolhas/acontecer do aprendizado

Pedaços se juntam ao todo/eu se perfaz com maestria!

Suengali

(22/08/2024)

 

DEFINIÇÃO! (XVII)

Sou pequena/ante ao amor

Sua imensidão não me comporta

Tanto o espero/mas sua grandiosidade

Reflete a responsabilidade que tê-lo importa!

Sou pequena/mas não covarde

Amor/a sua presença em mim desperta

Buscar no tempo paralelo feito da imaginação

Sua realidade/sentir amor é sempre a escolha certa!

Sou pequena/em busca da imensidão

Ser maior para me conter ante sua plenitude 

Amor sempre exige uma preparação/se envolucrar

Desapegar deste antes tão condizente com minha solitude!

Sou pequena/no amor está a medida certa 

Dele dependo para o que falta como aprendizado 

Como constante de uma vida/se faz sentir como sentido

Só seu acontecer definirá meu tamanho ante ao seu significado!

Suengali

(16/08/2024)

 

DEFINIÇÃO! (XVI)

Existe uma definição em mim

Implícito que me conduz vida afora

Desencontros perturbam meu transcorrer

Assédios indicativos me envolvem no aqui/agora!

Existe esta presença indefinida

Um rumor constante deixando rastros

Aqui/lá os vislumbres de um mundo paralelo

Objetivo do subjetivo/quer de mim possíveis lastros!

Existe uma existência a ser vivida

Algo que ainda preciso em mim desvelar

Ideal presente/sua inconsciência quer atenção 

Idiossincrasia pertencente/a autonomia dum filosofar!

Existe em mim uma definição própria 

Algo condizente com toda a minha história 

Passado/presente/futuro a me converter neste eu 

Definição de todas as escolhas/da minha própria autoria!

Suengali

(15/08/2024)

 

DEFINIÇÃO! (XV)

Por que esta dor me acerca

Sem espaço para meu eu ser feliz

Por que esta angústia de ser acossada

Por um pranto reprimido/que me contradiz!

Quero tanto chorar/não posso 

Sufoco com ele os meus sofrimentos

Rumor de vidas passadas/talvez mal vividas 

Interior feito turbilhão/busca em mim seus acertos!

Prognósticos vão se deteriorando

Expectativas perdidas/validade vencida 

Vida sem sentido na tentativa de ser paradigma 

Espectros de felicidade invadem uma realidade sofrida!

Precisa tempo para ter compreensão 

Do quanto este sofrimento se faz necessário

Entendimento acontece quando o que em mim sofre 

Definir neste pranto a si mesmo/não mais a um adversário!

Suengali

(07/08/2024)

 

DEFINIÇÃO! (XIV)

Compasso de espera

Experiência/sua explicação

Feito conjuntura de dores/alegrias

Traz em si motivo a justificar sua razão!

Experiências necessárias 

Fazem parte de antiga escolha

Refinam as etapas de um aprendizado 

Jeito da vida para meu eu sair de sua bolha!

Viver experiências inusitadas

Sair da zona de conforto/desbravar

Universos paralelos/outras normalidades

Eu se diluindo para uma vez mais se reinventar!

Na experiência/buscar consenso

Diversos empecilhos/feito ferramenta

Cansaço luta pela transformação/resiliência 

Como aprendizado/define a dor que me atormenta!

Suengali

(05/08/2024)